Segundo a American Society of Interventiomal Pain Physicians (ASSIP), a fibromialgia atinge de 2 a 10% da população mundial, sendo predominante entre mulheres jovens e de meia idade (20 a 50), em uma proporção de sete mulheres para cada homem! A fibromialgia é caracterizada pela presença de dores generalizadas (especialmente nos músculos e articulações), fadiga e cansaço durante o dia, alterações intestinais, ansiedade, depressão, sono prejudicado e em alguns casos o paciente apresenta quadros de apneia ou insônia, problemas cognitivos e alteração da memória.
E o que a nutrição tem haver com tudo isso? Simplesmente tudo. Para redução dos sintomas, é necessário reduzir potencial inflamatório através da redução da expressão de algumas proteínas inflamatórias que fazem parte do nosso organismo. A boa notícia é que conseguimos essa redução através da dieta! A retirada, por exemplo, de açúcares, glúten, leite e derivados da base da sua alimentação, pode ser muito interessante para redução de dores. (Sim, essa é a base da alimentação da maior parte da nossa população, eu sei. Mas calma, nada disso é feito da noite para o dia e muito menos de “forma maluca” e desorganizada. Existe toda uma estratégia para isso. “Mas nutri, nunca mais vou consumir esses alimentos?” Não disse isso. Apenas deve existir um equilíbrio, e para quem tem os sintomas de dores intensas, esses cuidados farão toda a diferença.).
O consumo de alimentos fontes de magnésio (semente de abóbora, castanha do pará, semente de gergelim, linhaça, aveia, espinafre cozido, banana prata, amêndoas…), vitamina D (alguns peixes, ovos..), alimentos com baixo grau de fermentação por bactérias intestinais (cuidar de intestino é fundamental nesses casos! Na verdade, diria que é o ponto inicial.), devem fazer parte do seu dia-a-dia.
Evitar o consumo de adoçantes também tem se mostrado promissor pois polióis estão relacionados a alteração no bioma intestinal. Portanto sim, estratégias low foodmaps farão parte, eventualmente, da sua rotina.
Alimentos com alto teor de compostos antioxidantes e antinflamatórios, como própolis verde, moringa, cúrcuma, gengibre, ômega 3 ou óleo de krill, (e muito provavelmente entrará algumas suplementações aqui), também podem ser interessantes.
Utilização de probióticos estão relacionados a redução de uma proteína inflamatória chamada de Interleucina-6. Tal mecanismo tem sido a principal justificativa para a diminuição dos episódios de dores reumatológicas.
Como você pode observar existem muitas estratégias que podem fazer parte da sua rotina, visando a melhora dos sintomas da fibromialgia. Qual estratégia será utilizada para você? Não sei… depende de como você está, e do quanto você estará comprometido com os nossos resultados. O que te garanto, é que esses resultados vem. Com cuidado, com autocuidado, com paciência e com muita nutrição!
Suyann Cavalheirio
- Nutricionista funcional (CRN² 14607)
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